Passamos o dia todo, todos os dias em busca de conquistas, realização de metas e sonhos. Fomos treinados desde os primeiros passos, desde as primeiras palavras a “ser” e a “ter”. O senhor crescimento sempre andou lado a lado com a senhora expectativa, e quando um ou outro são deixados para trás, somos arrebatados pela senhora frustração. Fato é que aprendemos a ser para ter, a dar para receber e a aceitar para ser aceito (a). Tanta ganância, tanta desigualdade, tanta fome, tanta injustiça, tanta soberba, tanta presunção, tanta mediocridade, tanta infidelidade, tanta futilidade, tanto imediatismo, tanto preconceito, tanta morte, tanto desamor. Porque? Pra quê? Somos um sopro! Um intervalo na existência entre início e fim. O sábio Salomão disse: eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol (Eclesiastes 2.11) O agora já se foi, o depois passará e o amanhã não se sabe se chegará. O dia irá amanhecer para alguns, mas não para todos. A pergunta que reverbera na alma é: E depois? E quando o coração der seu último compasso? E quando o pulmão soprar o último fôlego? E quando for a última mensagem? O último abraço? A última palavra? E quando for o seu último abrir dos olhos? E se não der pra dar adeus? Pra dizer obrigada. Pra dizer eu te amo. Pra pedir perdão? E se não der mais para se arrepender? Assim como seu corpo tudo o que foi seu brevemente, será deixado para trás. O corpo num caixão, os bens repartidos, doados ou jogados fora. Mas, e a sua alma? E o seu espírito? Cuidamos e supervalorizamos o que é mortal, o que é perecível e infelizmente nos esquecemos do que é eterno. Por isso, aproveite e honre a oportunidade do agora. Perdoe, se perdoe. Ame, renasça, recomece, vença as barreiras, limpe o seu coração, transforme a sua mente, mude os seus passos, repense as suas palavras. Seja humilde, seja honesto, seja verdadeiro, seja simples, seja alegre, seja leve, seja do bem, faça o bem, fique longe do mal. Não seja lembrança, deixe legado porque o daqui a pouco pode não mais chegar!
Priscila Alves Bion
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