Minha Dor Me Ensinou a Cuidar - Parte 23 - Reflexões do Invisível

Você não queria passar por tudo aquilo.
Não desejou o vale.
Não escolheu o abandono.
Não planejou a queda, a solidão, nem a espera pela cura.
Mas passou.
E agora, quando alguém perto de você quebra,
você reconhece o som.
Você vê nos olhos.
Você sente a respiração pesada.
Porque você já esteve ali.

“Ele me tirou de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos.”
Salmos 40:2

E porque seus pés agora estão firmes,
você se inclina com mais ternura.
Não aponta.
Não força.
Não minimiza.
Você senta ao lado.
Fica em silêncio quando é necessário.
Ora com profundidade.
E oferece o mesmo consolo que um dia você implorou e nunca teve.

“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.”
Gálatas 6:2

Você não é teólogo.
Nem psicólogo.
Nem especialista em nada.
Você só está disponível.
E a sua disponibilidade carrega autoridade,
porque foi forjada na dor.

“O Senhor é aquele que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação...”
2 Coríntios 1:4

Agora, a sua voz acalma.
Seu abraço acolhe.
Sua presença conforta.
Porque ela carrega verdade.
Carrega história.
Carrega fé que resistiu ao fogo.
Você está curando e, no caminho, está se tornando um agente de cura.
Não porque quis…
Mas porque a graça de D’us redime até os momentos que você achava perdidos.

Kleyton Mello

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